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Marcas e produtos que marcaram época Neste blog, você vai encontrar histórias sobre marcas e produtos que marcaram época. Aqui, você vai saber como esses produtos surgiram, como se tornaram populares e como continuam a influenciar a nossa cultura até hoje. O que você vai encontrar aqui: Histórias de marcas e produtos que marcaram época: Aqui, você vai encontrar histórias sobre marcas e produtos que fizeram história. Você vai saber como eles surgiram, como se tornaram populares
al-Mart é hoje a maior e mais influente empresa do mundo, levando-se em conta o faturamento. O desenvolvimento deste conglomerado americano foi espantoso. Após um início tímido como uma rede de supermercados interiorana, Sam Walton, fundador da rede, construiu algo que dificilmente podemos imaginar ser possível no presente. Walton era o típico empreendedor: começou do zero e cometeu uma série de erros, porém manteve-se fiel ao sonho de construir uma grande empresa. Sua genialidade ? centro da fórmula de sucesso do Wal-Mart ? residia numa idéia aparentemente simplória: compre barato, venda barato, mantenha as prateleiras bem sortidas, trate os clientes com respeito, valorize seus colaboradores e preste muita atenção aos acertos da concorrência. Isso se tornou uma espécie de dogma da companhia. O Wal-Mart é mais que um empreendimento. É quase uma religião, cujo princípio fundamental é lucrar muito e sempre.
Em 1945, após a guerra, decidiu ter seu próprio negócio. No dia 1º de setembro daquele ano inaugurou sua loja de franquia da cadeia Ben-Franklin, especializada em miudezas, em Arkansas. O casal Walton transformou a loja, que operava com prejuízos, em uma das maiores unidades da rede Ben-Franklin do estado. Foi ali, conhecendo seus concorrentes e colocando em prática as compras diretas dos produtores e vendas por preços baixos, que exerceu seu aprendizado de comerciante. Vendo o sucesso da loja, em 1949, o proprietário que alugava o imóvel para os Waltons, pediu-a de volta.
Para conseguir cobrar menos que os concorrentes, Sam Walton baixou custos, cortou margens de lucro e reduziu drasticamente as despesas. A filosofia imposta por Sam Walton àqueles que chamava de seus "associados" - os funcionários - era bastante simples: não há preço baixo na loja sem custo baixo na empresa. Por isso, era preciso economizar cada centavo. Ele proibia despesas com material de escritório e até seus principais executivos eram orientados a usar canetas recebidas de brinde. Essa preocupação em economizar o máximo possível também se estendia à vida pessoal. Anos depois, apesar de ser um dos homens mais ricos do mundo, andava numa picape velha, com os pára-choques amassados. Promoveu uma revolução nos processos de logística em torno do seu negócio e soube usar a tecnologia de maneira eficiente para controlar os estoques e derrubar ainda mais os custos. Informatizou a empresa em 1966 e fez do Wal-Mart um modelo de eficiência e controle de inventários.
Nos anos seguintes a empresa tem um ritmo de crescimento impressionante nos Estados Unidos, tornando-se, em 1990, a rede número um do mercado. Em 1991, iniciou sua expansão internacional com a inauguração de uma loja na Cidade do México. No ano seguinte entrou no mercado de Porto Rico e alcançou vendas superiores a US$ 1 bilhão em uma única semana. Depois da morte de Sam Walton, em 1992, os executivos souberam embarcar com sucesso nas duas maiores ondas que varreram o mundo dos negócios: a da globalização e a da tecnologia. Com isso a empresa prosseguiu fortemente no processo de internacionalização.
Todo esse sucesso teve um preço: enquanto tenta expandir seus negócios a empresa sofre vários ataques. Duras críticas recaem sobre a política expansionista da rede. Um estudo da Universidade de Berkeley (Califórnia), realizado em novembro de 2005, mostra que os salários de funcionários do comércio caem de forma brusca no local onde o grupo abre suas lojas. Em termos econômicos, a crítica de especialistas é focada nessa questão: a expansão da rede favorece a concentração do varejo. A empresa cresceu e ampliou seu poder de barganha no mundo e isso levaria empresas menores à falência. Apesar da fama de empregador cruel, que paga salários aviltantes, discrimina mulheres e minorias, desdenha planos de saúde e combate ferozmente os sindicatos, as ferramentas mais fortes de que o Wal-Mart se utiliza para alcançar os objetivos na sua política corporativa interna são a meritocracia, isto é, convencer o empregado a se comprometer pessoalmente com as metas da empresa, evidentemente, oferecendo algo em troca e a participação no resultado da empresa, por meio da distribuição de ações a todos os empregados, fazendo com que o sucesso do negócio signifique, também, sucesso pessoal.
A força do Wal-Mart é umas das provas de como as grandes companhias se tornaram as organizações mais poderosas do planeta. Muitas delas têm hoje mais poder do que os partidos políticos, a Igreja e até mesmo os estados. Algo duro de contestar numa época em que as empresas globais faturam mais do que o produto interno bruto de muitos países: a receita anual do Wal-Mart é, de fato, maior do que o PIB da Áustria. Na tradição do american way, a história das grandes empresas se confundiu com a transformação de homens comuns em verdadeiros magnatas, como foi o caso do célebre Sam Walton.
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