Nos olhos da rainha e dos escravos
Em 1372, quando a rainha Nefertiti se casou com o faraó Amenófis IV, a mulher egípcia se lavava toda manhã com água e carbonato de cal e esfregava o corpo com uma pasta de argila retirada do lodo do rio Nilo para manter a pele jovem. Os olhos eram maquiados com kajal, como mostram as estátuas. Até os escravos pintavam os olhos. Em Roma, a alta sociedade tomava banhos com leite de jumenta para embelezar a pele.
Magrelas e gordinhas
Pesquisadores Jeffrey Sobal e Albert Stukard revisaram 144 estudos sobre a relação entre status social e econômico e peso e descobriram que em países desenvolvidos, como Bélgica, Canadá, Noruega e EUA, quanto mais alto o status, menor o peso ( e mais vista como bela a pessoa). Já em países em desenvolvimento e com escassez de alimentos, os homens e mulheres de status superior são mais gordos (e igualmente considerados mais bonitos).
Testa grande na Idade Média
Para ostentar uma testa grande e cabelos louros, a mulher da Idade Média usava ingredientes como sulfureto de arsênico, cal viva, ungüentos (medicamento cuja base é gordura) feitos de cinza de ouriço, sangue de morcego, asas de abelha, mercúrio e baba de lesma para depilar, polir e branquear a testa, e decocção de lagartos verdes no óleo de noz e enxofre para clarear as madeixas
Cabelos pintados
Em 1908 foi inventada a primeira coloração capilar, da qual derivam as tinturas. No mesmo ano surgiu um líquido transparente para dar brilho às unhas, aplicado com um pincel, que devia ser lustrado com pele de camurça. A primeira tentativa bem-sucedida de desenvolver uma tinta para cabelos segura a ser comercializada foi feita em 1909 pelo químico francês Eugène Schueller. Baseando sua fórmula num novo componente químico, a paraphenylenediamine, ele fundou a Fábrica de Tinturas para Cabelos Inofensiva. Um ano depois, Schueller escolheu um nome mais glamoroso para sua empresa: L'Oréal. Sua tintura mais famosa, Imedia, apareceu em 1927.
fonte
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT876124-1655,00.html
Bocas coloridas
Em 1915, os primeiros batons, fixados numa base de metal dourada e protegidos por uma tampa, surgiram nos salões de beleza dos EUA
Unhas feitas
O costume de pintar as unhas nasceu na China, no século III a.C. As cores do esmalte indicavam a classe social do indivíduo. Os primeiros eram feitos de goma arábica, clara de ovo, gelatina e cera de abelha. Os reis pintavam as unhas com as cores preta e vermelha, depois substituídas pelo dourado e pelo prateado. No Egito antigo, a tradição se repetiu
Xampu
O primeiro tipo de detergente que se tornaria o atual xampu foi produzido na Alemanha em 1890. Apenas depois da Primeira Guerra Mundial ele começou a ser oferecido comercialmente como um produto para a limpeza dos cabelos.
Idade Média
O açafrão servia para colorir os lábios; o negro da fuligem, para escurecer os cílios; a sálvia, para esbranquecer os dentes; a clara de ovo e o vinagre, para aveludar a pele.
Obstáculos dos cosméticos
Uma lei grega do século II proibia que as mulheres escondessem sua verdadeira aparência com maquiagem antes do casamento. A legislação draconiana, adotada pelo Parlamento britânico em 1770, permitia a anulação do casamento se a noiva estivesse de maquiagem, dentadura ou cabelo falso. Nos anos seguintes, no entanto, a maquiagem pesada tomou conta da Inglaterra e da França. Até que a febre passou após a Revolução Francesa. Só se admitia que pessoas mais velhas e artistas de teatro usassem. Em 1880, a maquiagem reconquistou as mulheres e nascia a moderna indústria de cosméticos.
Os pós faciais, que surgiram em 4 000 a.C. na antiga Grécia, eram perigosos porque tinham uma grande quantidade de chumbo em sua composição e chegaram a causar várias mortes prematuras. O rouge era um pouco mais seguro. Embora fosse feito com amoras e algas marinhas, substâncias naturais, sua cor era extraída do cinabre (sulfeto de mercúrio), um mineral vermelho. O mesmo rouge era usado nos lábios, como batom, onde era mais facilmente ingerido e também causava envenenamento.
Perfume
Em 2900 a.C., os mortos egípcios eram enterrados com jarros de óleo perfumado, cuja natureza ainda é um mistério. Mil anos depois, os egípcios se aventuraram por toda parte em busca de essências. Ali, os perfumes e ungüentos para untar o corpo eram preparados em laboratórios dentro dos templos. Para perfumar o corpo, os egípcios colocavam uma massa de gordura perfumada no topo da cabeça ou sobre uma peruca. Durante a noite, a gordura dissolvia-se, cobrindo a peruca, as roupas e o corpo com uma camada oleosa bastante perfumada. No Império Romano, o perfume também ingerido - puro ou no vinho - para ocultar o mau hálito. A destilação da água de rosas e outros perfumes foi uma descoberta islâmica do século IX. O descobrimento do álcool como veículo para o perfume ocorreu no século XIV. Nem todos os povos da Antiguidade gostavam de perfume. Em 361 a.C., Agesilau, rei de Esparta, baniu o seu uso. A invenção da água de colônia, solução alcóolica de essências de bergamota, de limão e de lavanda, foi inventada pelo barbeiro italiano Jean-Baptiste Farina em 1709, na cidade de Colônia, na Alemanha.
A depilação com fins estéticos foi praticada por muitas civilizações. As mulheres gregas, por exemplo, levavam a vaidade ao ponto de arrancar os pêlos pubianos com a mão e queimá-los com uma chama ou com cinzas quentes. Os cremes depilatórios também são conhecidos em todas as épocas. As mulheres árabes preparavam um xarope espesso, feito de partes iguais de açúcar e de suco de limão com água, e o espalhavam sobre a pele, deixando-o secar, para depois extrair os pêlos. A técnica é, no essencial, semelhante à da cera. A depilação com cera é invenção de Peronet, em 1742, na cidade de Paris.
Desodorante
O primeiro desodorante antitranspiração, como conhecemos hoje em dia, foi criado nos Estados Unidos em 1888. Seu nome era Mum.
O que é o belo?
Os primeiros teóricos da estética foram os gregos, mas como 'ciência do belo' a palavra aparece pela primeira vez no título da obra do filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, Æesthetica (1750-1758). Somente a partir do século XVIII, com a obra de Kant, a estética começou a configurar-se como disciplina
filosófica independente
Na Grécia Antiga, Platão foi o primeiro a formular explicitamente a pergunta: O que é o Belo? Para ele, a beleza existe em si, separada do mundo sensível. Uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua participação na idéia suprema de beleza. Sócrates achava que o Belo era uma concordância observada pelos olhos e ouvidos. Nas reflexões de Aristóteles sobre a arte (imitação da natureza e da vida, mimesis), dominam as idéias de limite, ordem e simetria. Plotino indaga nas Enéadas se a beleza dos seres consiste na simetria e na medida, pois tais critérios convêm apenas à beleza física, plástica, indevidamente confundida com a beleza intelectual e moral. O próprio ser físico, sensível, só é belo na medida que é formado por uma idéia que ordena e combina as múltiplas partes de que o ser é feito.
Para os escolásticos, a arte é uma virtude do intelecto prático, um hábito de ordem intelectual que consiste em imprimir uma idéia a determi
Os primeiros teóricos da estética foram os gregos, mas como 'ciência do belo' a palavra aparece pela primeira vez no título da obra do filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, Æesthetica (1750-1758). Somente a partir do século XVIII, com a obra de Kant, a estética começou a configurar-se como disciplina filosófica independente
Na Grécia Antiga, Platão foi o primeiro a formular explicitamente a pergunta: O que é o Belo? Para ele, a beleza existe em si, separada do mundo sensível. Uma coisa é mais ou menos bela conforme a sua participação na idéia suprema de beleza. Sócrates achava que o Belo era uma concordância observada pelos olhos e ouvidos. Nas reflexões de Aristóteles sobre a arte (imitação da natureza e da vida, mimesis), dominam as idéias de limite, ordem e simetria. Plotino indaga nas Enéadas se a beleza dos seres consiste na simetria e na medida, pois tais critérios convêm apenas à beleza física, plástica, indevidamente confundida com a beleza intelectual e moral. O próprio ser físico, sensível, só é belo na medida que é formado por uma idéia que ordena e combina as múltiplas partes de que o ser é feito.
Para os escolásticos, a arte é uma virtude do intelecto prático, um hábito de ordem intelectual que consiste em imprimir uma idéia a determinada matéria. Para Kant, belo 'é o que agrada universalmente, sem relação com qualquer conceito'. A satisfação só é estética, porém, quando gratuita e desligada de qualquer fim subjetivo (interesse) ou objetivo (conceito).
Vítima da beleza
A cantora Clara Nunes sofreu um choque anafilático durante uma anestesia geral aplicada para a realização de cirurgia de remoção de varizes. Ela passou 28 dias hospitalizada, mas não resistiu e morreu em abril de 1983
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