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SÃO PAULO - A exemplo do que já ocorre com o café e outros produtos alimentícios, o feijão deve ter um selo de qualidade, ao longo do ano. A proposta foi discutida na semana passada em reunião entre representantes do Instituto Brasileiro do Feijão e Legumes Secos (Ibrafe) e dos principais empacotadores do Estado de São Paulo.
No próximo dia 24, deve ser levada ao conhecimento do Ministério da Agricultura, em reunião da câmara setorial. "Acreditamos que o selo possa chegar às gôndolas até meados deste ano, começando por São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A ideia é avaliar, inicialmente, as 20 ou 25 principais marcas de feijão do mercado brasileiro", explica o presidente do Conselho de Administração do Ibrafe, Marcelo Lüders.
A outorga do selo "Puro Feijão/Ibrafe" - a partir de normas de autorregulação a serem estabelecidas pela entidade - será feita pelo Instituto Totum, o mesmo responsável pela concessão do selo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
"O custo deve ser acessível, para que todos os interessados possam participar. Por marca, deve ficar abaixo de R$ 3 mil por mês, sem considerar os custos de divulgação, que deve ser feita apenas em um segundo momento", diz Lüders, acrescentando que o Ibrafe buscará apoio do governo para que os custos de divulgação sejam compartilhados, em vista dos benefícios da adoção do selo para a qualidade do alimento consumido pela população.
Segundo Lüders, existem atualmente mais de 2 mil marcas de feijão no mercado brasileiro, o que dificulta a fiscalização do governo. "As preocupações ambientais e com a qualidade do produto estão cada vez mais presentes para o consumidor. A certificação ajuda a proteger as boas marcas, independentemente de elas envolverem ou não grandes volumes de produção. Há marcas menos conhecidas, com volumes relativamente pequenos, que têm boa aceitação em suas regiões, pela qualidade."
De acordo com o presidente do conselho do Ibrafe, 94% da população brasileira consome feijão ao menos em uma refeição diária. "Não há redução do consumo, como muitos alegam. Na verdade, há um deslocamento das vendas, com redução do peso das grandes redes de supermercado - que aumentaram demais suas margens - e crescimento do produto em cestas básicas, nos restaurantes por quilo e nas vendas de mercados menores."
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