Sadia

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Quando pensamos na origem da marca Sadia, a primeira associação que nos vem à cabeça é a mais óbvia: Sadia demonstra a preocupação da empresa em oferecer aos consumidores alimentos saudáveis e de qualidade. Realmente, esta é a maior preocupação da companhia. Mas, apesar da coincidência, o nome surgiu de um jeito muito mais simples.
A S.A. Indústria e Comércio Concórdia foi batizada de Sadia a partir das iniciais SA de "Sociedade Anônima" e das três últimas letras da palavra "Concórdia", DIA.
Na época, o mundo passava por grandes transformações e o cenário industrial brasileiro era promissor. A região de Concórdia, em Santa Catarina, começava a se tornar um importante centro produtor. A criação de suínos e o cultivo de alguns produtos agrícolas posicionavam o município entre os 10 mais prósperos do Estado.

Foi neste contexto que Attilio Fontana criou a Sadia em 1944. No começo, ele só tinha um pequeno moinho e um frigorífico inacabado. O retorno dos investimentos aplicados no moinho permitiu completar a construção do frigorífico. Em 1946, ele já abatia mais de 100 suínos por dia.
Com o avanço industrial do País, os padrões de consumo começaram a mudar e a empresa precisou ajustar-se ao mercado. Em 1947, a Sadia virou marca registrada e abriu uma distribuidora em São Paulo. Foi o passo inicial para conquistar o mercado nos anos 50.
De lá pra cá, a Sadia mudou muito. Hoje, é a marca de alimentos mais conhecida no Brasil, exportando para diversos países. Mas as bases do negócio que Attílio Fontana criou em 1944 continuam as mesmas: o respeito ao trabalho, o cuidado com a terra e a valorização da técnica.
momento, a indústria chegou a ultrapassar significativamente a agricultura na composição do Produto Interno Bruto.
 
Diante desse cenário, a região de Concórdia dava um importante passo para tornar-se um polo de criação e industrialização de suínos no País. Esse processo teve total influência da Sadia, que ajudou a fundar a Associação Rural de Concórdia para congregar os colonos e oferecer orientação técnica na criação de suínos e no cultivo agrícola.

Paralelamente, São Paulo crescia cada vez mais. A cidade oferecia mais empregos, melhor renda e mais oportunidades de consumo. Embora a Sadia já tivesse fincado sua bandeira nesse mercado, aumentava o desafio de transportar produtos perecíveis que vinham de Concórdia. Afinal, não existiam caminhões frigoríficos, as estradas eram precárias e as viagens demoravam.
A solução encontrada foi o transporte aéreo. Em 1952, a empresa arrendou um avião da Panair para levar produtos para as duas grandes capitais do sudeste. Era a época do slogan “Pelo ar, para seu lar”, que ajudou a impulsionar as vendas e popularizou os produtos Sadia.
Cada vez mais, a empresa investia no aprimoramento da matéria-prima e nas iniciativas para firmar-se comercialmente na grande rota consumidora, o eixo Rio-São Paulo.
Em 1953, com apenas nove anos de existência, a Sadia inaugura seu "front" industrial na capital paulista - o Moinho da Lapa S.A, a primeira unidade fora de Concórdia. Foi com essa iniciativa estratégica que a empresa começou a projetar sua visibilidade e credibilidade empresarial.
  


Na década de 60, o Brasil atravessou diversas dificuldades. As incertezas políticas e a inflação davam indícios de que a época não seria favorável aos empreendimentos. Contrariando os prognósticos, a Sadia decidiu investir em tecnologia, reestruturação de vendas e expansão das atividades.
Em 1961, institucionalizou o sistema de Fomento Agropecuário com base na parceria entre o produtor suinícola e a indústria. Além disso, iniciou a avicultura integrada em Concórdia, aumentando seu desempenho em criação e abate de frangos. O processo que havia começado de maneira experimental em 1956, doze anos depois, atingia 1 milhão de frangos abatidos.
Em 1964, a Sadia inaugurou, em São Paulo, a Frigobrás - Companhia Brasileira de Frigoríficos, primeira indústria de carnes e derivados fora de Concórdia. O projeto já existia há alguns anos, mas só então foi concretizado. A partir daí, diversos produtos passaram a ser produzidos em São Paulo: salsichas, almôndegas, quibes e o famoso Hambúrger Sadia. Foi o ingresso do negócio no segmento de alimentos semiprontos congelados.
A época também foi marcada pela criação do Conselho de Administração, pelos primeiros abates de perus em Concórdia, além dos primeiros contratos de exportação com carnes bovina e suína in natura congeladas.
Em 1967, com depósitos em toda a Região Sul e escritórios comerciais em diferentes cantos do País, a empresa cria a Sadia Comercial Ltda., responsável pela venda e distribuição dos produtos no Brasil.
Crescimento, avanço tecnológico, pesquisas em genética animal, lançamentos inéditos, distribuição capilar dos produtos, imagem de marca de qualidade, ingresso nas exportações, além de outras conquistas, fizeram a história da Sadia na década de 60.

Na década de 70, um panorama econômico mais favorável começou a se desenhar no País, foi o chamado “milagre econômico”. Aproveitando os bons ventos, a Sadia empenhou-se em abrir fronteiras produtivas e criar novos empreendimentos, inclusive rumo ao mercado internacional. Em 1971, a Assembleia Geral Extraordinária aprovou a abertura do capital da empresa, com o lançamento de ações na bolsa e a mudança da razão social. A antiga S.A. Indústria e Comércio Concórdia deu lugar à nova Sadia Concórdia S.A. Indústria e Comércio, controladora de um grupo de cinco empresas do setor agroindustrial e comercial.
Em 1973, entrou em operação a Sadia Avícola S.A., em Chapecó, SC, especializada na produção e abate de perus. Em 1974, nasce o Peru Temperado Sadia, um dos produtos de maior sucesso na história da empresa, consolidando sua liderança em vendas de carne de peru. No ano seguinte, começa a exportar frango para o Oriente Médio e assume a liderança entre os exportadores nacionais.
Motivada com o crescimento agropecuário do Centro-Oeste, a Sadia inaugura em Várzea Grande, MT, a Sadia Oeste S.A., um projeto dedicado ao abate de bovinos e à exportação de carnes para Europa, Estados Unidos e Oriente Médio.
A expansão da Sadia não parava. No Paraná, começou a abater frangos em Toledo e Dois Vizinhos. Em Santa Catarina, inaugurou a Sadia Agropastoril, especializada em genética animal, biotecnologia e tratamento de solo, além de iniciar o processamento de soja em Joaçaba. No Rio de Janeiro, implantou mais uma fábrica de embutidos.
No final da década de 70, a empresa atinge um extraordinário crescimento, com diversas operações, plantas industriais nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de uma vocação exportadora consolidada.
   
Do ponto de vista econômico, os anos 80 foram considerados "a década perdida", com altos índices de inflação e a sucessão de três planos econômicos fracassados. Entretanto, no âmbito político, foram anos de importantes conquistas: o fim da primeira fase da Transição Democrática, manifestações populares pelas Diretas Já e a promulgação da nova Constituição.
Todas as empresas eram afetadas por esse contexto. Apesar do ambiente desfavorável, a Sadia conseguiu crescer ampliando sua produtividade e eficiência, transformando o lucro de investimentos anteriores em industrialização e acelerando as exportações.
Alguns dos lançamentos da Sadia foram verdadeiras inovações nos anos 80: variações de hambúrgueres e de almôndegas, empanados de frango semiprontos congelados, frios em embalagens a vácuo e presunto Parma.
Em 1980, nasce a Sadia Trading, responsável pelas vendas no exterior. No mesmo ano, as exportações ultrapassam os US$ 100 milhões, o negócio conquista o Extremo Oriente, Japão e Hong Kong e, o que é surpreendente: o quibe Sadia passa a ser consumido pelos árabes.
Em 1982, dois acontecimentos marcam a sua história: a criação do SIC - Serviço de Informação ao Consumidor Sadia, primeiro canal direto com o consumidor na indústria alimentícia, e o reconhecimento da marca Sadia, pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial, como Marca Notória.
Ao longo da década, diversas unidades de produção entraram em operação. Em 1988, a empresa ultrapassa US$ 1 bilhão de faturamento, sendo responsável por 16,7% da produção brasileira de aves e liderando o segmento. No ano seguinte, a Sadia perde seu fundador, Attilio Fontana, um dos grandes empreendedores do século XX.
A companhia fecha a década exportando para 40 países e posiciona-se entre os maiores exportadores brasileiros.


No início dos anos 90, o Brasil ainda sofria as consequências do descontrole da inflação. A balança comercial estava em desequilíbrio e os números da produção industrial se encontravam no mesmo patamar dos anos 80. A partir do Plano Real, o país finalmente começa o seu processo de estabilização. Os mercados fechados dão lugar aos mercados abertos da concorrência internacional. Entra em cena a era do conhecimento, da desestatização, da busca pela competência, da competitividade e das parcerias. Os países se unem em blocos e as organizações precisam ser repensadas no que diz respeito ao seu foco. Globalização é o nome do jogo.
Diante dos desafios e da demanda nacional e internacional, a Sadia opta por oferecer ao consumidor produtos práticos e que atendam às mais diversas necessidades. Implanta o programa de Qualidade Total: TQS - Total Qualidade Sadia, e experimenta novos métodos gerenciais e produtivos, além de realizar uma significativa expansão fora do País. É uma época que se destaca por grandes transformações no rumo da companhia.
Já no começo da década, a empresa abre filiais comerciais em Tóquio, Milão e Buenos Aires. Um ano depois, visando estabelecer um posto de observação no mercado chinês, inaugura em Pequim a Churrascaria Beijing Brasil. Em 1996, com os olhos no Mercosul, abre uma central de armazenagem e distribuição em Buenos Aires.
Consolidada pela excelência no segmento agroindustrial, a Sadia torna-se uma especialista na produção e distribuição de alimentos industrializados congelados e resfriados de diversas matérias-primas. Uma infinidade de produtos começa a aparecer nos supermercados: massas, pizzas, sobremesas, margarinas e alimentos à base de peixe e vegetais.
Em 1994, a companhia comemora seu cinquentenário, fechando o ano com um faturamento de US$ 2,9 bilhões e uma receita de exportação de mais de meio bilhão de dólares. Dos cerca de 60 funcionários de 1944, ano da sua fundação, ela empregava agora cerca de 32 mil pessoas. Ainda nesse ano, inicia um processo de sucessivas incorporações, dentro de um projeto de racionalização e reestruturação societária. O objetivo era atingir uma economia de escala, reduzir custos, simplificar as operações e oferecer maior transparência para o mercado de capitais. Quatro anos depois, esse processo culmina na criação da Sadia S.A., que consolidava todas as atividades operacionais em uma única organização.
Além de inúmeras aquisições, os anos 90 foram marcados por conquistas relevantes do ponto de vista empresarial, comunitário e ambiental, levando em conta o desejo da Sadia de se tornar cada vez mais responsável. Prova disso são as inúmeras iniciativas que realizou: o sistema de operação pela qualidade total, o TQS - Total Qualidade Sadia, em 1991; A Casa do Consumidor Sadia, dedicada ao intercâmbio com os consumidores, em 1992; E os certificados ISO 9001 e ISO 14001, recebidos em 1995 e 1999, respectivamente, pela fábrica de Chapecó, primeiro abatedouro-frigorífico do Brasil.
Esta é a década em que o Brasil comemora os seus 500 anos. A economia está estabilizada, os índices de inflação mais baixos e as instituições democráticas consolidadas. A globalização é um fato e novas tendências ganham corpo: fusões, joint ventures, parcerias, alianças estratégicas, e-commerce, logística integrada, governança corporativa, responsabilidade social e outros temas importantes.
A Sadia entra no ano 2000 com o perfil de uma empresa de alto valor e sua marca absolutamente consolidada. Sua presença é cada vez mais competitiva no mercado interno e estratégica no mercado externo. Já possui filiais na Argentina, Uruguai e Chile, escritórios na Itália, Inglaterra e Emirados Árabes e representações no Paraguai, Bolívia e Japão.? Em uma atitude inédita, adota inscrições em Braile em suas embalagens cartonadas. Outro marco importante é a inauguração do Memorial Attílio Fontana, em Concórdia, uma homenagem da empresa aos 100 anos de seu fundador.
Logo no início da década, em 2001, a Sadia lançou na Bolsa de Nova York seus ADRs - American Depositary Receipts - para aumentar sua visibilidade e permitir que investidores estrangeiros pudessem adquirir seus títulos. No mesmo ano, também aderiu ao Nível 1 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo.
Em 2001 e 2003, foi eleita a marca mais valiosa do setor de alimentos no Brasil pela consultoria inglesa Interbrand. No ano seguinte, iniciou a comemoração dos seus 60 anos de fundação com uma grande campanha publicitária - "Sadia 60 anos. Uma história de Amor" - que colecionou inúmeros prêmios.
Em 2005, foi a vez de retomar o abate de bovinos, aumentando sua oferta de produtos. Entre os lançamentos, um dos grandes destaques foi o Hot Pocket, que rapidamente tornou-se um sucesso de vendas. Nesse mesmo ano, a Sadia criou também a linha Sadia Soja e reformulou a marca Rezende. Pela quarta vez consecutiva, foi eleita a marca de alimentos mais valiosa do Brasil.
Já em 2006, aconteceram profundas transformações na companhia e ela tornou-se mais preparada para enfrentar os desafios do mercado. Criou um Comitê de Sustentabilidade para avaliar suas atividades e inaugurou uma diretoria de Relações Internacionais que, posteriormente, deu início a um projeto de instalação de uma fábrica na Rússia.
No mesmo ano, iniciou as obras da Unidade Agroindustrial de Lucas do Rio Verde. O projeto - em andamento - é um dos maiores da companhia e compreende a construção de um abatedouro de aves, uma unidade de abate e industrialização de suínos, além de uma fábrica de rações.
Em 2007, o Hot Pocket foi eleito “O Melhor do Brasil” por uma das mais importantes feiras de alimentos do mundo: a SIAL, em Paris. Foi nesse ano também que a Sadia realizou a primeira venda de créditos de carbono, obtidos com a captação de gases do efeito estufa. E antes mesmo do Protocolo de Quioto, foi pioneira ao desenvolver projetos para a captação de metano da atmosfera, contribuindo para amenizar o aquecimento global.
Ainda em 2007, anunciou um plano ambicioso de investimentos para dobrar o faturamento da companhia em cinco anos. Modernizou também o armazém-frigorífico do Porto de Paranaguá, responsável por armazenar grande parte dos produtos exportados para mais de 60 países. De 3,1 mil toneladas, o armazém aumentou sua capacidade para 8,5 mil, representando um crescimento de 170%.
Outra iniciativa fundamental foi o patrocínio às delegações olímpicas brasileiras que participaram dos Jogos no Rio 2007. O acordo, assinado com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), garantiu à Sadia exclusividade na categoria de alimentos e foi até os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Em paralelo, a Sadia revitalizou um dos símbolos mais fortes da marca, com a nova versão do Mascote Sadia em 3D, e lançou uma grande campanha institucional da marca com o slogan "Para uma vida mais gostosa"
O ano de 2008, por sua vez, foi marcado por um programa ainda mais agressivo de investimentos. A Sadia iníciou construção de sua primeira unidade no Nordeste do Brasil. Com capacidade de produção de 150 mil toneladas de embutidos, a fábrica recebeu investimentos de R$ 300 milhões. A operação começou em março de 2009 e será uma referência em termos de sustentabilidade. Além de autosuficiente em água, será a primeira fábrica do Brasil a neutralizar 100% de suas emissões de gases de efeito estufa, através do plantio de 3,5 milhões de árvores nativas.
Outra conquista socioambiental foi entrar para o relatório “Criando Valores para Todos: Estratégias de Negócios com os Pobres”, lançado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Isso ocorreu graças ao Programa de Suinocultura Sustentável Sadia, o Programa 3S, que vem envolvendo 3,5 mil suinocultores na redução das emissões de gases do efeito estufa e na comercialização de créditos de carbono, através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) previsto no Protocolo de Kyoto.
Entre os prêmios conquistados pela Sadia ao longo de 2008, destacam-se:
  • 5º lugar no ranking "As 100 empresas de maior prestígio do Brasil", (Época Negócios e Troiano Consultoria de Marca) e eleita a indústria de alimentos que mais gera empregos no Brasil: cerca de 60 mil colaboradores (ABIA).
  • Melhor Gestão de Marca (Prêmio APEX Brasil de Excelência em Exportação).
  • Margarina Qualy: líder pelo segundo ano consecutivo (Top of Mind, Datafolha/Folha de S. Paulo) e vencedora pela quarta vez do Marcas de Confiança (Revista Seleções e Ibope).
  • Hambúrguer grelhado e margarinas saborizadas: eleitos um dos produtos mais inovadores do mundo (Sial - Paris).
 


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