chocolate LINDT

Chocolate? Que derrete na boca?

O ano era 1879. Rodolphe Lindt, filho de um farmacêutico bernês, queria fabricar chocolate. Você tem ideia de como era o chocolate naquela época? Era duro: duro de produzir e duro de comer. Você precisava mastigar mesmo. Macio? Gostoso? Uma alegria para todos os sentidos? Um sonho impossível. Isso não se tornou realidade até uma noite importantíssima.. Mas espere um pouco! As coisas não foram assim tão rápidas. Rodolphe Lindt era um confeiteiro epicuriano e bom vivant que queria criar um chocolate que não fosse duro e agradasse o paladar. Ele comprou uma fábrica antiga com maquinaria antiquada. A sociedade de Berna ficou chocada, mas isso não desmotivou Rodolphe. Ele conduziu alguns experimentos, mas nada funcionava. Muito pelo contrário: uma camada branca formou-se na massa de chocolate. Rodolphe recebeu muitas críticas e desprezo por parte da sociedade bernesa. 
Foi seu irmão Auguste, um farmacêutico como seu pai, que analisou a camada branca e percebeu que a mesma era inofensiva: tratava-se de gordura cristalizada. Os testes continuaram pela noite toda. Mais grãos de cacau? Cozinhar a manteiga de cacau? Ninguém tinha feito isso até então! Ele trabalhou na receita, pensou sobre ela e fez experiências. Mas nada do que ele fazia o aproximava do seu objetivo. Chocolate delicado? Só pode ser brincadeira! E então chegou aquela fatídica sexta-feira à noite. Rodolphe Lindt, criticado como membro da “juventude dourada” saiu da fábrica sem concluir o seu trabalho – e, o mais importante, sem desligar as máquinas. Será que ele fez isso porque estava com muita pressa? Ou teria sido algo intencional? Ele teve um pressentimento ou foi um pequeno ato de rebeldia? Isso nós não sabemos. Mas a máquina continuou ligada: durante um fim de semana inteiro.
Quando Rodolphe Lindt entrou na fábrica na segunda-feira de manhã, ele inicialmente ficou chocado. Mas o que ele encontrou no tanque de mistura era tudo menos massa de chocolate dura e queimada. O chocolate brilhava; o seu aroma era maravilhoso. E quando ele provou um pedaço, Rodolphe foi a primeira pessoa do mundo a sentir o gosto de um chocolate que derretia na boca. Ele estava no paraíso.

O segredo do “chocolat surfin”

Ninguém sabe qual é até hoje – ou quase ninguém. Mas uma coisa é certa, o chocolate mexido por horas, e até mesmo por dias e noites foi parte do processo: o processo de conchagem. Manteiga de cacau? Com certeza. Mas qual quantidade? E o que mais?

Pequeno país, grande tradição

Por quase 150 anos, os fabricantes de chocolate da Suíça e do resto do mundo têm tentado descobrir o segredo por trás dessa receita familiar. Ninguém conseguiu até agora. O chocolate que derrete na boca de Rodolphe Lindt permanece um símbolo não só do chocolate suíço de renome mundial, mas do espírito inovador e inventivo dos empreendedores bem-sucedidos desse pequeno país no coração da Europa: o país do chocolate LINDT. 

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