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EVOLUÇÃO DE SUCESSO
Texto adaptado da revista PACK, edição especial, ano 6, no.74, outubro de 2003
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A história da embalagem no Brasil vai do simples barril de mantimentos no século XIX e mera condição contentora evoluindo aos substratos e equipamentos de ultima geração, resultados de pesquisa e desenvolvimento em todos os elos da cadeia. Sem falar no premiado design, reconhecido mundialmente.
Em “Embalagem, Arte e Técnica de um Povo- Um estudo da embalagem brasileira”, edição comemorativa dos 50 anos da Toga, em 1985, sugere que lembrar o passado é reunir experiências vividas, delas tirando proveito para o presente e para o futuro e a embalagem brasileira como uma solução individual ou coletiva dos brasileiros, enquanto história da evolução tecnológica da embalagem industrial.
Antes de resolver as equações do presente e do futuro é preciso olhar para trás. O passado ensina e só avança quem conhece sua própria trajetória.
É grande o desafio das empresas: lidar com a globalização de mercado, com a competição acirrada e com a similaridade tecnológica e, assim, garantir a expansão das empresas. Ao designer de embalagem cabe criar boa parte das ferramentas que serão utilizadas como diferencial nesta competição.
Em um levantamento de algumas embalagens antigas e de suas histórias, verificou que, em muitos casos, elas têm na verdade sofrido diversas modificações ao longo do tempo, mas tão sutis que passam desapercebidas aos olhos do consumidor.
Num Mundo de tantas mudanças, e tão aceleradas, com imagens fugazes e passageiras, essas embalagens trazem ao consumidor o conforto do conhecido, mas nem por isso menos sedutor. Para as empresas que as possuem, representam verdadeiros patrimônios visuais que se traduzem em muito dinheiro, pois passa signos de contabilidade.
Às vezes é uma letra que se inclina, ou um splash que é acrescentado. Outras vezes as mudanças são técnicas, envolvendo tipos de impressão ou o tipo de material utilizado.
"É mais ou menos como o Fusca", compara Auresnede Stephan, professor de design. "Desde que foi desenhado pelo Ferdinand Porsche até o modelo que ainda hoje é produzido no México, várias mudanças ocorreram, mas a estrutura básica foi mantida". Produtos e embalagens clássicos, na verdade, mudam para permanecer iguais - e ter o mesmo apelo de sempre.
Não o apelo da nostalgia, das coisas paradas no tempo. Mas aquela característica tão perseguida e difícil de "fabricar" que é falar ao coração do consumidor, mexer com a sua memória afetiva.
A história da embalagem no Brasil, do simples barril de mantimentos no século XIX e mera condição de contentora evoluiu aos substratos e equipamentos de última geração, resultados de pesquisa e desenvolvimento em todos os elos da cadeia. Sem falar no seu premiado design, reconhecido mundialmente. Entretanto, antes de resolver as equações do presente e do futuro é preciso olhar para trás. O passado ensina e só avança quem conhece sua própria trajetória.
Nações Amigas
Em 1808, a Corte Portuguesa transfere-se para o Brasil, num total de 12 mil pessoas. Portugal havia sido invadido por Napoleão no final de 1807 por ter rejeitado o bloqueio continental decretado pela França contra o comércio com a Inglaterra.
Chega em janeiro à Bahia e depois segue para o Rio de Janeiro, onde instala a sede do governo. Entre as primeiras decisões tomadas por Dom João VI está a abertura dos portos às nações amigas. Com isso, o movimento de importação e exportação é desviado de Portugal para o Brasil. A medida favorece tantos os ingleses, que fazem de Portugal a porta de entrada de seus produtos para a América Espanhola, quanto os produtores brasileiros de bens para mercado externo. Dom João VI também concede permissão para o funcionamento de fábricas e manufaturas no Brasil.
Durante o período colonial, o Brasil esteve proibido de praticar qualquer atividade produtiva que competisse com Portugal ou prejudicasse os interesses da metrópole. Por isso, os primeiros esforços importantes para a industrialização no País ocorrem somente na segunda metade do século XIX, no Império, como por exemplo a fábrica do português Francisco Ignácio da Siqueira Nobre, na Bahia, em 1810, que produzia vidros lisos, de cristal branco, frascos, garrafões e garrafas.
Durante o Segundo Reinado, empreendedores brasileiros como Irineu Evangelista de Souza, o Visconde Mauá, e grupos estrangeiros, principalmente ingleses, investem em estradas de ferro, estaleiros, empresas de transporte urbano e gás, bancos e seguradoras. No final do século XIX e ínício do século XX surgem as primeiras indústrias no País.
Por utilizarem uma tecnologia mais simples e exigirem menos capital, em geral, elas eram voltadas para a produção de bens de consumo. Segundo recenseamento realizado em 1907, o Brasil estava com 3.120 estabelecimentos industriais, a maior parte deles – 662 – instalada no Rio de Janeiro.
Alguns anos antes, a expansão cafeeira, com a substituição da mão-de-obra escrava por imigrantes estrangeiros, impulsionou a construção de ferrovias e a exportação do café para Europa e Estados Unidos. Na década de 30, suplantadas as dificuldades, São Paulo tornou-se a vanguarda da industrialização e da modernização brasileira. Paralelamente a expansão agrícola (café, cana-de-açucar, soja, milho, feijão, trigo, banana, laranja), o Estado de São Paulo teve extraordinário desenvolvimento industrial.
Floresceu a industria de transformação, de aço, cimento, máquinas e componentes, e principalmente as industrias de bem de consumo, como tecidos, alimentos, remédios, higiene e limpeza, e bens duráveis, como automóveis e eletrodomésticos.
Manoel Vieira, fundador e primeiro presidente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), conta no artigo Síntese de cinco décadas de embalagens no Brasil, Integrante do livro “Embalagem, Arte e Técnica de um Povo”, que até 1945, eram relativamente poucos os produtos de primeira necessidade, produzidos no Brasil, comercializados pré-acondicionados. Entre esses estavam café torrado e moído, açúcar refinado, óleo de semente de algodão, extrato de tomate em latas pequenas, vinagre, cerveja e guaranás. Além desses produtos, havia goiabada, marmelada, sardinhas e manteiga em latas litografadas. A presuntada e as salsichas vinham em latas com rótulo de papel.
Marco
Nessa época da vida brasileira: “A produção no País era caseira e a embalagem mal tinha a função de proteção, era só um recipiente.” Durante séculos tudo o que havia eram os ancestrais do barril, cuja função consistia meramente em conter e proteger o conteúdo. “os produtos, incluindo os perecíveis, eram pesados no balcão e vendidos a granel”, acrescenta.
Os produtos, incluindo os perecíveis, eram pesados no balcão e vendidos a granel. O grande divisor de águas no desenvolvimento das embalagens – não só no Brasil como no resto do mundo – foi o desenvolvimento do comércio.
O sistema de compra era rudimentar: a pessoa ia ao armazém, pesava os produtos e usava um saquinho para levar o alimento para casa. A grande revolução na industria da embalagem foi quando ela teve de vender tudo o que continha. Na visão dele, o fato contribuiu para a evolução das técnicas de impressão e para a origem do conceito de marca.
A marca nasceu para identificar o fabricante, porém, colocada na prateleira dos supermercados distinguia um produto do outro. A embalagem é o grande veículo da marca, é a marca concentrada, a síntese do produto, pois a embalagem não serve para nada sozinha, ninguém compra embalagem vazia. Para o consumidor, a embalagem é o produto; ele não separa uma coisa da outra.
Outro fator que propiciou o desenvolvimento da embalagem no Brasil: o auto-serviço. Mais do que o surgimento do supermercado, foi a instalação do auto-serviço que obrigou a embalagem a agregar em si a função de comercialização.
Na década de 60 havia entre 80 e 100 estabelecimentos classificados como supermercados no Brasil, representando 3 a 5 % das vendas. Era quase nada, pois o pequeno varejo detinha a maior parte das comercializações. Cinqüenta anos depois, os supermercados chegam a mais de 45 mil e certamente abrangem mais de 70% do dinheiro que circula no meio.
Por isso, não podia ser diferente: a embalagem tem que comunicar a venda do produto. São poucos segundos disponíveis para ver, escolher e comprar; o tempo é um fator precioso.
A partir da Segunda Guerra Mundial, quando os supermercados se instalaram nas grandes cidades, surgiram inúmeras inovações na produção de embalagens, que deveriam permitir que os produtos fossem transportados dos locais onde eram fabricados, ou colhidos, para os grandes centros consumidores, mantendo-se estáveis por longos períodos de estocagem.
A partir da Segunda Guerra Mundial, os supermercados se instalaram nas grandes cidades, impulsionando inúmeras inovações na produção de embalagens.
A partir daí, a embalagem começou a proteger a mercadoria no transporte e nasceu a função de proteção. Assim, a embalagem tem de conter, proteger, distribuir, vender e promover.
Na fase do supermercado, ocorre uma explosão de consumo de embalagens: além de conter, ela teve de começar a vender, é o que se chama de “Sales appeal” (apelo de vendas). A embalagem assumiu o papel do vendedor.
O advento da marca própria é outra conseqüência da proliferação dos supermercados. Foi um acontecimento internacional, onde a embalagem tem papel fundamental, sendo o único veículo de comunicação da marca própria.
Pode ser oferecida mais barata ao consumidor porque não requer investimento em design nem em desenvolvimento da embalagem. É dessa etapa também o aparecimento do código de barras, que resultou em novos desafios para todos os tipos de embalagem, inclusive as flexíveis. A impressão deste código na embalagem devia ser precisa para permitir a leitura automática nos caixas de supermercados.
Nessa fase é que surgem produtos e embalagens genuinamente brasileiros.
O português e químico Eduardo Augusto Gonçalves chegou ao Brasil em busca de oportunidades. Depois de passar por outros estados, desembarcou em Joinville (SC) para gerenciar a Farmácia Delitsh, em 1912.
Em 1915, um ano depois de desenvolver a formulação do produto, a Pomada Minancora foi registrada no Departamento Nacional de Saúde Pública. A marca é uma referência à deusa grega da sabedoria, Minerva, acrescida da palavra âncora, que significa a permanência definitiva em solo brasileiro. A deusa Minerva segurando uma âncora, símbolo de segurança e compromisso.
A Pomada Minancora – em sua tradicional embalagem laranja de 30 g- mantém-se no mercado desde a fundação da empresa, há 87 anos, pela qualidade de sua formulação e pela eficácia dos resultados (tem ação antiséptica, antipruriginosa e adstringente, seca e cicatriza rapidamente espinhas, frieiras e outras afecções cutâneas) é utilizada por gerações de brasileiros.
A estrutura de formulação foi tão bem estudada na época do lançamento, que poucas foram as modificações realizadas na embalagem do produto. A principal aconteceu em 1992, quando houve a mudança do tipo de estrutura de embalagem, passando de folha-de-flandres para plástico, visando com isso uma melhoria na qualidade e no design do produto.
O antiácido Leite de Magnésia de Phillips é vendido desde 1911, em frascos de vidro azul. A partir de 1959, a Cisper passa a fornecer as embalagens azuis, em função do seu desenvolvimento tecnológico, que também passou por mudanças.
Pressionada pelos concorrentes, a SmithKline Beecham, fabricante do produto, redesenhou a embalagem plástica, trocou a antiga tampa de pressão por outra de rosca e colocou rótulos adesivos. Além disso, lançou a opção com sabor hortelã. A gerência de produtos da empresa garante que há pesquisas mostrando que sete em cada dez famílias brasileiras possuem pelo menos um frasco de Leite de Magnésia em casa.
Fonte : www.glaxo.com.br- Revista Isto É, julho 97
Sabor que resiste ao tempo
Criada em 1886, em Atlanta, nos Estados Unidos, a Coca-Cola só chegou ao Brasil em 1942, em um esforço de guerra determinado por Robert Woodruff, na época.
Durante a II Guerra Mundial, ele assegurou aos soldados norte-americanos que, onde quer que estivesses, poderiam tomar uma Coca-Cola gelada pelo mesmo preço de 5 cents e com o mesmo sabor.
Foi assim que o refrigerante desembarcou em Recife (PE) que, junto com Natal (RN), formou o “Corredor da Vitória’, uma parada obrigatória de todos os navios que rumavam para a Europa em guerra.
Para entregar aos pracinhas, o refrigerante era produzido inicialmente na Fábrica de Água Mineral Santa Clara, em Recife, até serem instaladas minifábricas naquela cidade e em Natal. Na realidade, as minifábricas são apenas kits com os equipamentos básicos para a produção de refrigerantes
A primeira fábrica de verdade foi instalada na então capital, Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão. Em 1943, a Coca-Cola abre em São Paulo sua primeira filial no País. Em 1945 é inaugurada a segunda fábrica carioca, também em São Cristóvão, mas com uma novidade : uma máquina Liquid 40, capaz de produzir 150 garrafas por minuto e uma lavadeira. Nesse mesmo ano, a empresa inicia no País o sistema de franquia, com a primeira licenciada a produzir o refrigerante em Porto Alegre,RS.
Em São Paulo, ocorre o primeiro passo, em 1959, para implantar o conceito de vasilhame em casa e a venda em domicilio. Um grupo de simpáticas jovens percorre as casas e promove a degustação da bebida. Com os vasilhames em casa, fica mais fácil ter sempre à mesa uma Coca-Cola, novidade que conquistou em definitivo as donas de casa. Era a Coca-Cola família que chegava. Na virada da década, início dos anos 60, a companhia lança o produto na garrafa média, 290 ml. De 1957 a 1962, com o avanço tecnológico e o surgimento de fornecedores de matérias-primas, o concentrado, até então importado, passa a ser feito no Brasil, no Rio de Janeiro (em 1990 passaria a ser feito em Manaus – AM). Neste mesmo período, várias fábricas são inauguradas no Brasil.
No final da década de 60, o país já conta com mais de 20 fábricas de Coca-Cola, que num esforço extraordinário abastecem todo o território nacional. Os anos 70 chegam com uma inovação: as máquinas post-mix, que oferecem ao consumidor a Coca-Cola fresquinha, feita na hora, servida em copos. No mesmo ano, outras quatro máquinas são instaladas em estabelecimentos cariocas, oferecendo maior economia de esforço e tempo: com uma máquina no balcão e um tanque de aproximadamente 63cm3 é possível servir o equivalente a 400 garrafas médias de refrigerante.
Em 1988, a empresa inunda o mercado brasileiro com várias novidades. Primeiro, as embalagens one way, depois, a tampa com rosca, que abriu espaços para outras embalagens maiores, que dificilmente poderiam ser acondicionadas em pé nos refrigeradores convencionais. No final dos anos 80, o sistema Coca-Cola já tem 36 franqueados no País.
Em 1988, a Coca-Cola também relança as misturas com ainda mais sofisticação e realismo: um miniengradado para cada esis garrafinhas. Seis milhões de miniaturas são disputadas avidamente pela legião de fãs do refrigerante. Inicia-se a década de 90 e a fabricante coloca no mercado a Big Coke (dois litros) e a embalagem 1,251. Em junho de 90, lança a lata de alumínio 100% reciclável para toda a sua linha de produtos.
Pouco tempo depois, chega ao mercado a maior revolução em termos de embalagem dos últimos 50 anos : a Super Família, garrafa plástica retornável de 1,5 l que, além de prática, atende as exigências da legislação internacional de proteção ambiental.
O Brasil saiu na frente a adotar a embalagem, após a Alemanha e a Holanda. Em 1992, a Coca-Cola comemora 50 anos de atividade no Brasil com mais uma iniciativa pioneira: lança no País as Coke Machine- máquinas de vender refrigerantes em lata.
Primeiro refrigerante light do País, a Coca-Cola light foi apresentada ap público em 1997. Quatro anos mais tarde, em 2001, a famosa garrafa contour de 237 ml, marca registrada da Coca-Cola criada em 1916, é relançada no mercado brasileiro para reforçar autenticidade e exclusividade da marca.
Fonte: www.coca-cola.com.br
AOS 100 ANOS, VALDA DE ROUPA NOVA
Fonte : www.valda.com.br
Inventadas em 1902 pelo farmacêutico Henri Cannone, as Pastilhas Valda foram um dos primeiros produtos farmacêuticos industrializados. Por conter uma substância anti-séptica, eram o único medicamento capaz de combater as doenças respiratórias que apavoravam a população.
Correram mundo afora e chegaram ao Brasil e chegaram ao Brasil em 1914 conforme anúncios publicados na revista "Caras e caretas". O Sr. Eugène Barrenne, empresário do setor farmacêutico, começou a comercializar as pastilhas em 1925. No início, elas eram importadas da França e colocadas no mercado brasileiro através das farmácias e drogarias. Naquela época, as pastilhas eram comercializadas em papel-cartão.
Por volta de 1935, a fabricação local do produto tornou-se indispensável. Por isso, Barrene comprou um terreno em são Cristóvão e construiu uma fábrica. Procurou o inventor das Pastilhas, Henri Cannone, e solicitou a ele um financiamento somente para a compra das máquinas e know-how de fabricação das Pastilhas.
Canonne não só concordou em fornecer as máquinas como mandou um técnico francês ao Brasil a fim de orientar a montagem do laboratório do Rio de Janeiro. As pastilhas Valda conseguiram então em abril de 1936, o registro de medicamento outorgado pela Diretoria de Defesa Sanitária Internacional e da Capital da República - Departamento nacional de Saúde Pública.
Entre 1937/38, a fábrica começou a funcionar, com o nome de Sociedade Farmacêutica Bresival Ltda. e comercializou os produtos Valda até 1975
partir desta época, o herdeiro desta grande tradição farmacêutica, Dr. Jacques Canonne, farmacêutico, presidente do grupo Valda, decidiu assumir o destino das famosas pastilhas criando o laboratório Valda, cuja razão social foi modificada para Laboratório Canonne em 1986.
Em 2001, atendendo às solicitações dos tradicionais consumidores das Pastilhas Valda, que através de uma pesquisa demonstraram certo descontentamento com o ultrapassado sistema de abertura e o som emitido no contato com o metal, a centenária latinha foi substituída por uma embalagem super prática , em plástico metalizado reciclável.
Com visual moderno, as novas embalagens são bem mais leves e tem sistema de fechamento simples, bastando apenas girar e puxar a tampa para abri-la, o que ao mesmo tempo impede que ela abra dentro do bolso ou da bolsa, por exemplo. Atualmente, as Pastilhas também são oferecidas em embalagens de papel-cartão nas versões diet e normal.
COM CARA DE CREDIBILIDADE
Fonte; www.gillette.com.br
"Melhor do que inventar um produto que todo mundo use, é
fabricar um produto que todos usem, joguem fora e
depois voltem para comprar mais."
Quem emprestou o nome à categoria das lâminas de barbear foi a Gillette. Até o século XIX, a atividade de barbearia era desempenhada apenas por profissionais, utilizando navalhas. O norte-americano King Camp Gillette, em uma manhã quente de 1895, ao fazer a barba, simplesmente teve um momento de inspiração e idealizou um aparelho que revolucionou o ato de barbear para sempre. Muito mais prático do que a navalha que ele vivia tendo que levar a um amolador.
Era isso, um sistema de barbear de longa durabilidade que utilizasse lâminas descartáveis. O segredo não era propriamente o aparelho, e sim a lâmina, uma camada fina de aço afiada dos dois lados, que poderia ser usada algumas vezes e depois substituída.
Mas faltava ainda a tecnologia e seis anos se passaram até que Gillette encontrasse o sócio certo: William Nickerson, engenheiro mecânico de sucesso, formado no Massachussets Institute of Technology, que acreditou na lâmina de barbear e decidiu fabricá-la, contrariando expectativas pessimistas de especialistas da época.
Em apenas dois anos, lâminas e aparelhos revolucionários foram colocados à venda, inaugurando a era de produtos descartáveis, que se estendeu a diversas outras categorias de produtos descartáveis.
Após isso, o desafio maior foi o de mudar os hábitos de barbear vigentes na época. Durante a Primeira Guerra Mundial, um grande passo foi dado nesse sentido, quando a Gillette enviou um aparelho de barbear para cada soldado americano. Assim, muitos deles acabaram adquirindo o hábito de barbear-se em casa, ao invés de irem ao barbeiro.
Nesta época, as lâminas eram embaladas uma a uma, em papéis com o retrato e a assinatura de King C. Gillette. Ao criar a embalagem assinada pelo inventor e fabricante, a Companhia desde cedo conquistou a credibilidade do público.
Os anos se passavam, e diversos aperfeiçoamentos foram sendo introduzidos nos aparelhos e nas lâminas. Cada vez mais consolidava-se o reconhecimento da Gillette como líder do mercado de lâminas para barbear.
Em 1939, a Gillette, que já figurava entre as maiores companhias do mundo, começou a patrocinar o esporte. Esta atitude, muito simpática ao público, se mantém até hoje, como, por exemplo, no patrocínio das Copas do Mundo de Futebol. Está no País desde 1926.
HÁ 65 ANOS, UM SONHO DE BOMBOM
Os bombons Sonhos de Valsa foram lançados no Brasil em 1938, pela Lacta, hoje Kraft Foods. Com poucas alterações da embalagem ao longo dos anos, o produto é líder em seu segmento, sendo considerado símbolo dos casais de namorados. A primeira embalagem do Sonho de Valsa se reumia em um papel estanho vermelho que envolvia o bombom e depois era recoberto com celofane transparente.
Como rótulo, um selo preto central com o nome do produto e o desenho de um violão. Era vendido por quilo só em bombonnières finas e consumido, preferencialmente, por mulheres. A fim de ganhar também o público masculino, em 1942, a embalagem recebeu alguns retoques, com a utilização do papel celofane com a cor maravilha, forte e vibrante.
Naquela época, o bombom também aumentou de tamanho, passou a ser comercializado por unidade e teve sua distribuição ampliada para bares, armazéns e outros lugares mais populares.
O violão e o nome do bombom passaram a ser gravados no celofane cor de maravilha, e ao seu lado foi introduzida a figura de um casal dançando em traje de gala com a incorporação, portanto, de uma figura masculina. Nas bordas foram impressas algumas notas musicais extraídas de urna valsa do compositor Johann Strauss. O celofane deixou de ser transparente e passou a ser cor maravilha, nome extraído de uma flor.
O Produto ganhou, ainda em 1942, uma campanha publicitária que sugeria: "Saboreie um bombom com a sua namorada". De 1942 para cá, a embalagem do Sonho de Valsa permaneceu praticamente inalterada, apenas com sutis mudanças no formato das letras no selo e na roupa dos dançarinos com a introdução de outros instrumentos musicais. A receita também continua a mesma - um wafer recheado com massa e pedacinhos de castanha de caju, coberto com duas camadas de chocolate.
A feliz combinação de conteúdo e continente fez do Sonho de Valsa um verdadeiro fetiche, ansiado por muitos brasileiros que moram no exterior, e um produto muito bem sucedido comercialmente.
A embalagem seduz à medida que chama atenção do consumidor. Através de um apelo visual, ela provoca uma atração, que gera um desejo, atingindo o inconsciente. A sedução efetiva-se através de um clima que envolve toda a embalagem."
Se nesse meio tempo a Lacta mudou de mãos, comprada em 1996 pela multinacional Philip Morris, o que não se alterou foi a compreensão do poder de atração dessa antiga embalagem, com seu clima romântico agora acentuado pelo slogan criado pela agência Full Jazz: "Sonho de Valsa. O amor tem esse sabor."
Em dezembro de 2000, atendendo às solicitações dos consumidores do bombom, foi apresentada ao público a Lata para Presente, especial para ocasiões como aniversário, dia das mães, dos pais, dos namorados ou Natal.
Um ano mais tarde, em 2001, a embalagem passou por uma reformulação e ganhou um novo logotipo, mais moderno. Sai a figura do violão, as letras ganham mais movimento e os casais dançando mudaram de posição.
A embalagem também ficou mais forte, protegendo melhor o produto. Seu recheio permanece com o mesmo sabor, mas agora deve ficar cremoso por mais tempo.Foi lançada também a caixa com seis unidades, com os mesmos desenhos românticos da lata de 230 g.
A segunda e última alteração ocorreu em maio de 2001, com mudanças sutis. O casal ganhou um design dinâmico e o logotipo uma versão mais atualizada, com letras maiores e mais modernas que facilitam com letras maiores e mais modernas que facilitam a leitura. Como parte das comemorações dos 90 anos da Lacta, a Kraft Foods criou o Sonho de Valsa Branco, com o mesmo recheio e casquinha de wafer do bombom atual, agora com cobertura de chocolate branco.
ROSA É A COR DA BELEZA
Fonte: www.leitederosas.com.br
Em 1929, Francisco Olympio de Oliveira, vindo do Amazonas, mudou-se para o Rio de Janeiro com a idéia de criar um produto para a preservação da beleza feminina. Ajudado pelo amigo farmacêutico, desenvolveu o Leite de Rosas, produzido e envasado em sua própria casa em frascos de vidro, com 70 ml.
Com o sucesso de vendas, instalaram uma fábrica e usaram o rádio para anunciar o produto, patrocinando astros como Orlando Silva e Elza Marzulo, além de marcar presença constante nas revistas mais famosas da época, como “Fon-Fon”, “Jornal das Moças” e “Revista do Rádio”. Na década de 50, patrocinou o Concurso Miss Brasil na televisão. Naquela época, além do frasco de 60 ml, produzia também o de 160 ml.
Em 1967, o Leite de Rosas muda de vidro e passa a ser embalado em frascos de PVC transparente com as mesmas dosagens : 70 ml e 160 ml. A primeira embalagem plástica já tinha a combinação de cores atual, porém o frasco era branco e o texto rosa. Logo depois, invertendo-se o jogo de cores (o frasco passou a ser rosa e o texto, branco) cria-se uma forte identidade da marca, consolidada até hoje.
A nova embalagem, fabricada internamente, além de baixar o custo do produto, gera muitos empregos e posiciona a Leite de Rosas, como quinto maior transformador de plásticos do estado do Rio de Janeiro. Atualmente, as embalagens são comercializadas em frascos de PVC rosa com texto branco em 310 ml, 170 ml, 100 ml e 60 ml.
Publicidade do achocolatado Toddy publicado na Revista Vida Doméstica (RJ) em 1949. Com o final da II Guerra Mundial em 1945, o comércio interno brasileiro entra em fase de franca expansão
Cartaz publicado na revista Vida Doméstica (RJ) em outubro de 1952. Em 1948, o Biotônico Fontoura já figurava entre os produtos de maior prestígio e preferência dos consumidores.
MOÇA COM MAIS DE UM SÉCULO
www.nestle.com.br
Em 1867, Henri Nestlé, na Suíça, criou uma farinha à base de leite e cereais, a Farinha Láctea Nestlé.
Quase simultaneamente, o norte americano George H. Page, da Anglo Swiss Condenses Milk, iniciou, também na Suíça, a fabricação do leite condensado.
Em 1878, a Anglo Swiss passou a fabricar uma farinha infantil, o que fez com que, pela concorrência, a Nestlé iniciasse a fabricação do leite condensado logo a seguir. Em 1905, a disputa terminou com a fusão : Nestlé and Anglo Swiss Condensed Milk.
As primeiras latas do leite condensado chegaram ao Brasil no final do século XIX. Naquela época o produto era consumido apenas como bebida (reconstituído com água obtinha-se o leite integral, já adoçado), sendo muito apreciado por possibilitar ser armazenado por muito tempo, característica fundamental em períodos de escassez de leite.
Após campanhas de reposicionamento, o leite condensado chegou à cozinha como ingrediente para o preparo de doces. Em 1921, com a construção de sua primeira unidade industrial em Araras, no interior paulista, a Nestlé iniciou no Brasil a produção de leite condensado, mais tarde conhecido como Leite Moça.
Em pouco tempo, o Brasil se converteu no maior mercado mundial de leite condensado açucarado, posição que mantém até hoje. A jovem com trajes típicos que aparece no rótulo da embalagem é uma camponesa suíça do século XIX. Naquela época, o leite condensado mais popular da Suíça tinha a marca “La Laitière”, e quando foi exportado para outros países, procurou-se um nome equivalente na língua de cada região, sempre associado à figura da camponesa típica, com seus baldes de leite. No Brasil, quando o produto foi importado, em 1890, adotou-se, por falta de um equivalente adequado em português, o nome inglês “Milkmaid”.
A dificuldade dos brasileiros para pronunciar o nome transformou o produto em “esse leite da moça”, referindo-se à ilustração da camponesa. Assim, quando a Nestlé iniciou a produção do leite condensado no País, em 1921, optou pela utilização da designação criada espontaneamente pelos consumidores. Foi assim que surgiu a tradicional marca Leite Moça.
Sempre envasada em latas de aço, passou por alterações visuais.
A lata
Este ano, em comemoração aos 90 anos da Lacta, uma das marcas do portifólio da Kraft Foods Brasil, foi acrescentado à família Bis o sabor Laranja, com a embalagem da mesma cor.
A embalagem de Bis é praticamente a mesma desde o seu lançamento, com pequenas variações. A cor azul é muito marcante para Bis, e o envoltório em papel laminado produz um brilho especial. Em março de 2000, o painel traseiro da embalagem foi alterado, passando a conter a foto do produto com quatro camadas de wafer- um deles coberto pelo chocolate. O logo do Bis ganhou um pingo vermelho na letra “i”.
Em 2002 a embalagem passou por um processo de modernização : a grafia do nome Bis foi alterada, aumentando-se o tamanho das letras e dando-lhes um estilo mais atual e dinâmico.
UM DIAMANTE DE CHOCOLATE
O primeiro chocolate com crocante, da Lacta, foi lançado em 1938 e batizado simplesmente de Chocolate Lacta. Era ano da Copa do Mundo, e Leônidas da Silva, famoso jogador da Seleção Brasileira, pertencente ao São Paulo Futebol Clube, foi apelidado pela imprensa paulista de Diamante Negro por seu excelente desempenho.
Inspirando-se neste episódio, a Lacta colocou o nome de Diamante Negro no recém lançado chocolate. Porém, para diferencia-lo do jogador, adotou o símbolo do diamante estilizado em sua embalagem.
Na primeira versão, o produto foi lançado com uma embalagem tipo envelope e o tablete possuía 21 g. Em 1986 o tablete de 21 g deixou de existir e deu lugar ao Diamante Negro 30 g em embalagem flow-pack.
Neste mesmo ano, a Lacta lançou o produto em dois novos tamanhos : 50 g (embalagem flow-pack) e 200 g (embalagem envelope). Do lançamento até essa primeira mudança, o layout da embalagem passou por algumas modificações, sendo que a principal delas foi no ícone da marca, o diamante.
Em 1997, as embalagens passaram por mais uma modernização (tipo de letra e ícone), porém sem perder as características básicas que identificam a marca : as cores preta e prata e o diamante.
Este ano, em comemoração aos 90 anos da Lacta, uma das marcas do portofólio da Kraft Foods Brasil, o produto passou por uma nova e sutil modificação : a imagem do chocolate na embalagem passou a ser mais fiel às cores e texturas reais do produto e a figura da pedra preciosa ganhou mais destaque na embalagem.
Atualmente, Diamante Negro possui três versões de embalagens : 30g a granel destinada ao pequeno varejo, embalagem média de 80 g, conjunto com 4 unidades de 30g e tablete 200g destinados principalmente para o canal supermercado.
ETERNAMENTE NO PÓDIO
Fonte : Revista Isto É, novembro /02
Ícone da culinária brasileira, o fermento em Pó Royal é outro famoso produto que permanece praticamente idêntico ao da época em que foi lançado no Brasil, em 1934. A lata com rótulo vermelho e azul, com várias latinhas espelhadas, é igual à original norte-americana.
No mercado brasileiro, existem mais de 40 marcas diferentes de fermento, mas, na hora de citar uma, 96% dos consumidores ouvidos pela pesquisa Datafolha/Top of Mind citam só o Pó Royal.
Em comemoração aos seus 80 anos, este ano a Kraft Foods lançou uma nova embalagem com design que facilita o manuseio do produto. Agora a nova latinha em fibralata e folha-de-flandres (fundo e tampa) é mais baixa e mais larga que a versão anterior, permitindo o uso da colher de sopa, medida padrão de grande porte das receitas.
Mantém o mesmo layout na face frontal e teve seu verso alterado, segundo sugestões das consumidoras. A latinha traz ainda o selo comemorativo dos 80 anos do fermento em Pó Royal e rótulo em papel cuchê, que recebeu impressão em rotogravura.
A marca Omo é líder de mercado desde o seu lançamento, em 1957. São vários os fatores que contribuíram para esta história de sucesso dos quais destacam-se: profundo conhecimento das necessidades da consumidora brasileira, e alto grau de inovação.
Consagrado como o melhor detergente em pó do mercado nacional, Omo construiu uma trajetória de sucesso embasada no pioneirismo e na performance superior a todos os outros produtos existentes no mercado. Desde seu lançamento, em 1957, OMO vem alcançando um grande aperfeiçoamento tecnológico. A sua posição de liderança é absoluta, sendo responsável por aproximadamente 50% das vendas de detergentes em pó do país.
Inovações de detergentes em pó no mercado brasileiro foram introduzidas por Omo e chegaram a provocar diversas mudanças estruturais no mercado.
OMO foi o primeiro detergente em pó no mercado brasileiro, isto é, feito a partir de matérias primas sintéticas, em substituição aos sabões que se utilizavam óleos e gorduras de origem animal e vegetal.
Nestes 40 anos Omo teve muitas “caras”, evoluindo junto com o país, conforme se pode observar no quadro abaixo:
Em 2003, pela primeira vez desde que foi lançado, o produto tem sua logomarca modificada. O autor da façanha é o artista plástico Romero Brito, um dos brasileiros mais respeitados nos Estados Unidos. Nos primeiros três meses o consumidor levou para casa, na compra de 1 kg do Omo Cores, uma lata decorativa de Brito.
Já as caixas de papelão de 500 g e de 1 kg continuarão exibindo a nova logomarca e um painel do artista por mais seis meses. Dona de uma fatia de 71% do mercado de sabão em pó, a Unilever tem em seu Omo o seu carro-chefe. Sem dúvida, um produto que faz parte da vida do brasileiro.
Pode ser que alguém não saiba o que é lã de aço, mas que não conheça Bombril é praticamente impossível. A história começou em 1948, quando o empresário Roberto Sampaio Ferreira fundou a Abrasivos Bombril S.A, dedicada à produção das famosas esponjas de lã de aço.
A empresa foi pioneira no desenvolvimento de tecnologia própria e, outro fator decisivo para seu sucesso, na construção de uma imagem junto aos consumidores, com intensivas campanhas de promoções e em publicidade veiculada por rádio e televisão.
O sucesso da embalagem tradicional com logotipo vermelho em fundo amarelo de Polietileno de Baixa Densidade (PEBD) justificou a existência de pequenos fornecedores do material plástico em bobinas para a Abrasivos Bombril até a década de 70. Quando as embalagens passaram a ser produzidas internamente na própria linha de produção da fábrica, muitos dos fabricantes do filme de PEBD migraram para o abastecimento de saquinhos plásticos para o envase de leite na indústria de laticínios. Com o consumo disseminado, a marca Bombril passou a ser referência de toda categoria de produto.
Em 1978, dois anos depois da inauguração da grande unidade industrial na Via Anchieta, em São Bernardo, São Paulo, a Bombril já produzia mensalmente 3600 toneladas de esponjas de lã de aço, 2/3 da produção mundial. Naquela época, a fabricante diversificou sua linha de produtos, entrando para o segmento de produtos químicos de limpeza, com o detergente líquido Limpol, o desinfetante Pinho Bril e o amaciante Mon Bijou. Hoje faz saponáceos, detergentes, desinfetantes, amaciantes e um grande leque de itens.
MAIZENA
PRODUTO CENTENÁRIO TEM EMBALAGEM REFORMULADA
TRADIÇÀO CENTENÁRIA
Fonte: www.guiadoscuriosos.com.br
Maisena (que vem de maiz, palavra indígena que significa milho) se tornou tão forte que criou um fenômeno mercadológico – a marca passou a ser sinônimo da categoria do produto.
Desde 1990, o tradicional amido de milho da marca Maizena, além de uma ampla campanha publicitária passou a circular no mercado com uma nova embalagem desenvolvida e criada pelo Departamento de Marketing e Engenharia de Embalagem da própria Refinações de Milho Brasil, em parceria com a agência PME, com o objetivo de ativar o consumo no país : rejuveneceu a embalagem.
No verso da caixa figuram fotos impressas em quatro cores; o colorido do cartucho passou a ter um tom de amarelo mais forte e atraente, além de possuir um zíper (tipo de abertura picotada) para facilitar sua abertura. Outra novidade é a impressão na embalagem de um selo chamativo para o Centro de Informações Culinárias, pretendendo com isto conquistar a mulher mais jovem e reforçar sua imagem de ingrediente culinário, tendo como slogan “Maizena faz mais do que você imagina”.
A três alterações anteriores foram imperceptíveis desta vez às renovações foram mais ousadas sem, contudo, comprometer a identificação atual do produto (descaracterizar a tradicional apresentação do produto).
A conhecida cena dos índios Sioux extraindo amido do milho, num desenho em bico de pena, permanece intocável na nova caixa de Maizena. Este desenho compõe a embalagem do produto desde a sua introdução. Fabricada em mais de 43 países, a centenária Maizena possui até hoje a sua fórmula original inalterada.
Os irmãos Durya, espanhóis radicados nos Estados Unidos, criaram e patentearam a marca em 1856, a marca Maizena chegou no Brasil 12 anos após seu lançamento e em 1989 comemorou cem anos de registro no país, mas somente em 1930 foi instalada a primeira fábrica RPM, na fábrica de Anastácio, em São Paulo, para fabricar o produto, até então importado dos EUA e empacotado no Brasil.
A Maizena é considerada um produto pioneiro em produzir anúncios para o rádio e televisão, publicando o seu primeiro anúncio a quatro cores na antiga revista “O Cruzeiro” em 1954, e na época dourada do rádio, foi patrocinadora de shows produzidos ao vivo.
REQUEIJÃO TUPI-GUARANI
Fonte: www.catupiry.com.br
A Laticínios Catupiry iniciou suas atividades em 1911, com a fabricação do requeijão Catupiry, que em tupi-guarani, quer dizer excelente. Desenvolvido na cidade mineira de Lambari pelo imigrante italiano Mario Silvestrini, a receita do carro-chefe da companhia é um segredo mantido a sete chaves.
Hoje, os produtores compram mil litros de leite por dia para atender às encomendas. Em 1997, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) conferiu o título de marca notória ao nome. Isso significa que outras empresas estão proibidas de reproduzir o rótulo ou mencionar o nome catupiry sem permissão do fabricante.
Os 155 produtores autorizados pelo grupo mineiro são obrigados a usar a expressão “tipo Catupiry” em seus rótulos.
O Catupiry era acondicionado em saco plástico, inserido em uma embalagem de madeira, redonda, composta por finas e maleáveis lâminas. No final dos anos 90 passou por uma reformulação visual e começou a ser embalado também em plástico resistente a forno de microonda.
BACARDI- MARTINI
Rótulos ilustrando obras-primas
Série limitada “Martini Galleria dell`Art”, a Bacardi-Martini resgatou a importância dos cartazes promocionais criados por grandes artistas plásticos para a marca Martini no século XX, tornando esses trabalhos, que marcaram época na história do design e da propaganda, acessíveis ao grande público.
Na tiragem limitada “Martini Galleria dell`Arte”, a Bacardi-Martini foi identificada por rótulo reproduzindo um cartaz criado em 1920 por Leonetto Cappiello, cartunista premiadíssimo na Itália e na França e um dos mais importantes designers europeus.
O rótulo de Martini Rosso é uma réplica de litografia de Marcello Dudovich, datada de 1918, retratando uma elegante figura feminina da Belle Époque. Um casal típico das grandes festas dos anos 30 ilustra o rótulo de Martini Dry, obra do artista Domenico Lubatti. Martini Rose tem seu rótulo caracterizado por uma inspirada criação de 1955 do designer Franz Marangolo sugerindo, com seu traço fashion, rosto e braços femininos.
Uma secreta fórmula que mistura vinho com mais de 70 ervas aromáticas e especiarias, criada em Turim, na Itália, em 1863, por Luigi Rossi, Teófilo Sloa e Alessandro Martini, resistiu ao tempo e às investidas do marketing moderno, conquistando o paladar de consumidores em todo o mundo.
O vermouth Martini, ganhou a mesa internacional, sendo comercializado em 180 países. Em 1879, Teófilo Sola vendeu sua parte aos dois outros sócios, cujos sobrenomes consolidaram a razão social definitiva da companhia: Martini&Rossi, que teve a sede transferida para a pequena cidade de Pessione, vizinha ao Porto de Gênova, onde permanece até hoje.
Os arquivos da Casa Martini registraram que no ano de 1897 foram exportadas nada menos do que 300 mil caixas do vermouth Martini. No Brasil, o Martini é fabricado em São Paulo desde 1950, quando a empresa se instalou no país, com dois galpões no bairro de São Bernardo do Campo (SP), que atualmente abriga, em seus 52 mil m2, um dos mais modernos complexos industriais de bebidas da América Latina, com uma produção aproximada de 1 milhão de caixas/ano.
Na planta industrial brasileira são elaborados quatro tipos de Martini: Rosso, Bianco, Dry e Rose. Em 1968, a companhia diversificou as suas atividades, colocando no mercado o primeiro vinho nacional elaborado a partir de uvas viníferas: o Chateau Duvalier (então produzido pela Vinícola Riograndensse sob a supervisão da Martini&Rossi). Contudo, em 1973, cria a sua própria vinícola e, Garibaldi, RS, a De Lantier. Em 1993, o grupo Bacardi adquiriu as empresas Martini&Rossi dando origem à holding Bacardi Limited, um dos cinco maiores conglomerados internacionais de bebidas.
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