Como montar e usar a fritadeira eletrica
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Os anúncios de produtos e serviços passaram a existir formalmente no Brasil com o primeiro jornal escrito e impresso no país, a Gazeta do Rio de Janeiro, editado pela Imprensa Régia a partir de setembro de 1808. A data exata do nascimento é motivo de divergência entre estudiosos do assunto. Um grupo defende o dia 10 de setembro, quando circulou a primeira edição do jornal, com um anúncio de dois livros publicados pela própria Imprensa Régia. Como se tratava de uma comunicação feita pelos editores do jornal, a maioria dos estudiosos despreza esse anúncio e aponta outro como precursor, publicado uma semana depois. Em um singelo texto de quatro linhas encimadas pela palavra "Annuncio", Anna Joaquina da Silva oferecia "uma morada de casas de sobrado com frente para Santa Rita"
. À parte a polêmica, o fato é que, com a Gazeta, o país passou a ter seu primeiro veículo para a divulgação de mensagens publicitárias -- o Correio Braziliense, publicado em Londres desde março de 1808 e tido oficialmente como o primeiro jornal brasileiro, não publicava anúncios. "Até a Gazeta, a única forma de publicidade que existia no Brasil eram cartazes rudimentares escritos a mão e os pregões dos comerciantes nas ruas", diz José Roberto Whitaker Penteado, um dos autores do livro Propaganda no Brasil -- Evolução Histórica, editado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
na cidade de Filadélfia, Benjamin Franklin, um dos pais da nação americana, destinou várias páginas do jornal ao que chamava de new advertisements. Ali eram anunciados basicamente serviços de artesãos e comerciantes e o movimento dos navios nos portos americanos. Nessa época, as grandes cidades da Europa e da América do Norte experimentavam aquilo que Burke define como "nascimento da sociedade de consumo".
de consumo e novidades produzidas nos países industrializados", diz. O comércio de escravos tinha papel de destaque na publicidade -- os jornais da época anunciavam características físicas e de comportamento de homens, mulheres e crianças à venda, divulgavam a chegada de novos lotes ao país, davam pormenores sobre as etnias comercializadas e comunicavam fugas. Os anúncios eram tão detalhados que o antropólogo Gilberto Freyre os usou como principal fonte de referência para seu livro O Escravo nos Anúncios de Jornais Brasileiros do Século 19, um dos primeiros estudos históricos a tomar a publicidade como base de análise. Com o fim do tráfico, o espaço destinado aos anúncios relativos a escravos passou a ser, aos poucos, ocupado por outros, voltados para as novidades que começavam a chegar ao país.De escravos a automóveis
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A evolução da propaganda, do primeiro anúncio à publicidade de massa |
1808 O primeiro anúncio, referente à venda de um imóvel, é publicado na Gazeta do Rio de Janeiro |
1809 A escravidão torna-se tema recorrente na publicidade brasileira |
1838 Surgem nos jornais do Rio de Janeiro os anúncios de produtos farmacêuticos importados, como o Elixir de Boubée e o Elixir do Dr. Guillié. Os laboratórios se tornariam a partir de então os maiores anunciantes do país |
1875 Chegam ao mercado brasileiro — e aos anúncios de jornais — produtos como Farinha Láctea Nestlé e Emulsão de Scott |
1891 É fundada em São Paulo a primeira agência de propaganda do Brasil, a Empresa de Publicidade e Comércio, que funcionaria até 1915 |
1900 A indústria gráfica passa a usar novas tecnologias, como litografia e fotogravura, modernizando a apresentação dos anúncios e abrindo espaço para o lançamento das revistas ilustradas |
1910 Anúncios de marcas como Antarctica, Singer, Brahma, Gillette e Mappin Stores aparecem em revistas como O Malho, O Tico-Tico e Fon Fon |
1920 O escritor Monteiro Lobato cria campanha publicitária com o personagem Jeca Tatuzinho para o Biotônico Fontoura
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1929 A agência americana J.Walter Thompson abre sua filial em São Paulo para atender à conta da General Motors e inicia um grande processo de modernização da publicidade brasileira |
1935 A McCann Erickson abre seu escritório no Rio de Janeiro para atender à conta da Standard Oil e sua marca Esso |
1945 A publicidade se consolida no país e o primeiro Anuário de Publicidade contabiliza 32 agências em funcionamento no país. Os maiores anunciantes do ano são RCA Victor, General Electric, General Motors, Pan American World Airways, Philips e Ford |
1950-2008 Na década de 50, a publicidade reflete a transição do país agrário para o país urbanizado e industrial. A chegada da televisão e novos meios de comunicação lançam as bases da propaganda moderna nos padrões como conhecemos hoje
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A publicidade passou a ter papel pedagógico em um país que começava a se inspirar na sociedade européia como modelo de modernidade -- principalmente em relação à divulgação de novos padrões de comportamento e à apresentação de aparelhos e produtos até então desconhecidos. "A propaganda passou a ter um papel civilizatório", diz Roberto Duailibi, presidente da agência de publicidade DPZ. Não por acaso, aparecem entre os principais anunciantes da época os fabricantes de produtos farmacêuticos, sabonetes, perfumes, lâminas de barbear e produtos alimentícios industrializados. Os anúncios tinham caráter nitidamente explicativo. "É aquilo que em marketing chamamos de demanda primária, ou seja, a etapa em que é necessário criar novos hábitos e ensinar o consumidor a usar produtos que desconhece", diz Roberto Corrêa, professor da ESPM e organizador do livro A Propaganda no Brasil. Era o que faziam nos últimos anos do século 19 negociantes como Frederico Figner, que em 1892 convidava, por meio de anúncios nos jornais, a população carioca a conhecer a "máchina que falla" -- um gramofone. O mesmo se repetiria alguns anos depois com o cinema, então chamado de omniographo.
ainda hoje a publicidade brasileira emula tendências e procedimentos criados nos Estados Unidos. O surgimento das revistas ilustradas de grande tiragem, no início da década de 50, deu novo impulso aos anúncios publicitários em cores. Foram esses anúncios, com seus slogans e seu refinamento estético, que marcaram o início da propaganda moderna no Brasil e abriram caminho para a chegada da televisão. "A história da publicidade segue basicamente a história da tecnologia. A cada novidade que surge, a propaganda se reinventa, como aconteceu com a era do rádio, a era da televisão e agora a era da internet", diz Nizan Guanaes, presidente da agência Africa. "E isso acontece no Brasil, nos Estados Unidos e em qualquer lugar do mundo." Na essência, porém, a publicidade brasileira hoje segue o mesmo princípio de 200 anos atrás: aproveitar as melhores oportunidades de comunicar um produto a um mercado, seja uma "morada de casas", seja um carro flex.Este post foi atualizado para fornecer informações mais recentes e relevantes.
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